Fotos: Luciana Areas
No nordeste do Estado de Goiás, no coração do Brasil, o Parque possui a nobre missão de proteger 65 mil hectares do cerrado brasileiro de altitude, colorido por flores e grandiosas árvores como orquídeas, ipês, aroeiras e buritis. Quando foi criado em 1961, contava com 625 mil hectares e chamava-se Parque Nacional do Tocantins. Com as sucessivas invasões e grilagens de terra, a exploração durante anos por garimpos de cristal, caça e lavoura, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi fechado em 1992, com fiscalização do Ibama. Hoje, com as portas abertas, sua principal economia está relacionada ao ecoturismo.
A reserva é ainda refúgio de animais ameaçados de extinção como o veado campeiro, o cervo do Pantanal, a onça pintada e o lobo-guará, além de abrigar tamanduás, tatus, cobras e espécies variadas de aves, como araras e tucanos.
As caminhadas são fáceis e as trilhas, longas. É ótimo para quem deseja exercitar-se em contato direto com a natureza. Mas fica o aviso: os passeios podem ser bem cansativos para os menos acostumados.
Há duas trilhas principais e divergentes, cada uma com cerca de 6 km. Uma leva aos cânions e à Cachoeira das Cariocas. A outra segue até as Pedreiras, com várias corredeiras, e também aos lindíssimos Saltos do Rio Preto.
O Parque preserva áreas de antigos garimpos, como parte da história local, e foi declarado Patrimônio Mundial Natural em 2001, pela UNESCO. É uma incrível viagem pelo Cerrado brasileiro, em antigas rotas usadas por garimpeiros, e que hoje são utilizados pelos visitantes.
Saltos I e II
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Os seis quilômetros de trilhas íngremes não são vencidos por qualquer um. Mas quem chega aos saltos do rio Preto aprecia as mais impressionantes quedas da chapada. O Salto 1, com 120 metros, abriga um belo mirante; enquanto o Salto 2 forma a maior piscina natural da região - com 300 metros de diâmetro, é perfeita para banhos.
Cânions e Cariocas
A fácil caminhada de cerca de cinco quilômetros leva aos cânions do rio Preto, com 20 metros, e aos das Cariocas, duas enormes gargantas de dez metros de profundidade e que formam uma cachoeira de 20 metros de comprimento. Segundo os guias locais, essa cachoeira recebeu esse nome porque duas cariocas ficaram perdidas na região.