Fotos: Luciana Areas
Toda viagem começa na escolha do destino. Quando a opção é Fernando de Noronha, pode significar a realização de um grande sonho. A aventura começa a bordo do avião, das empresas Trip ou Gol, apertado e abafado. A ansiedade aumenta quando o avião decola e o continente (de Natal ou Recife) se afasta, até sumir, e o mar imperar na única cena possível de ser contemplada num vôo de apenas uma hora. Mas, a paisagem que descortina, quando se sobrevoa o arquipélago de Fernando de Noronha, compensa qualquer sacrifício. Visto lá de cima, o visual do mar, das falésias e das formações rochosas, como o Morro do Pico (a "bússola" dos turistas, com 312 metros de altura), aumenta a vontade de pousar logo e vivenciar toda aquela maravilha de perto.
Logo no desembarque, a sensação é de sonho realizado. Na saída do aeroporto, as paisagens começam a entregar toda a beleza e emoção prometidas, quando a viagem ainda estava sendo programada no Rio de Janeiro.
Os turistas, principalmente os de primeira viagem, encaminham-se eufóricos para a recepção do aeroporto e recebem um formulário para preencher informações, como local de hospedagem e data de permanência. Ai vem a parte que dói no bolso. Os passageiros se dirigem para a fila dos guichês para pagar a taxa de preservação ambiental, que não é nada barata. Ainda mais agora que a tabela de preços sofreu reajuste. A Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco anunciou um aumento no valor em 5,63%. Em 2011, a diária na ilha passou a custar R$40,40 - contra R$38,24 cobrados em 2010.
Também é possível pagar a taxa com antecedência pelo site www.noronha.pe.gov.br, o que evita enfrentar filas. Afinal, o tempo na ilha é valioso demais. O ideal é não desperdiçar nem um segundo.
Na saída do aeroporto é muito comum encontrar bugres (leia-se taxis), que levam os turistas até o local da hospedagem. Mas para quem quer economizar, existe também a opção de encarar o ônibus, transporte que faz paradas por toda a ilha.
Duas dicas importantes: Vila dos Remédios é, sem dúvida, a melhor opção para quem quer ficar perto do comércio, de restaurantes, noitadas, etc. As pousadas domiciliares são as mais procuradas. Os estabelecimentos oferecem suítes simples, com preços modestos, mas que possuem TV, ar-condicionado e frigobar. Satisfatório para quem precisa da pousada apenas para descansar o esqueleto das caminhadas e mergulhos feitos durante todo o dia.
Eu indico a Pousada dos Golfinhos. A Graça, dona da pousada, faz jus ao nome. Deixa o hóspede completamente a vontade, como se estivesse em casa. Além de todo o carinho que oferece, ela ainda consegue bugre para alugar, visando o conforto de seus hóspedes. O contato dela é (81) 3619-1837.
Reserve uma quantia para o bugre. Ele vai ser necessário, se não quiser perder tempo. O ônibus não leva às praias, deixa apenas próximo, na única rodovia da Ilha. Todos os demais caminhos são de terra. Portanto, se não tiver a fim de comer poeira e caminhar bastante debaixo de sol, não deixe de fazer esse investimento.
Os próximos momentos são de pura descoberta. Desbravar a ilha, que é muito pequena, é a chance de desvendar os mistérios e a beleza da terra e do mar.