quinta-feira, 14 de abril de 2011

Os mais lindos cenários do Brasil

Fotos: Luciana Areas


Os moradores de Fernando de Noronha dividem as praias da ilha entre “mar de dentro” e “mar de fora”. Quem vai pela primeira vez estranha um pouco, mas isso apenas indica a direção das praias, noção fundamental, e possível de perceber logo no primeiro dia. A maioria das praias fica no mar de dentro. São os principais atrativos: Cacimba do Padre, Baía dos Porcos, Baía do Sancho, praias da Conceição e Boldró.

Para quem tem pouco tempo na ilha, dá para fazer o circuito de praias em três dias. Mas se prepara para a frustração de deixar a ilha da fantasia tão cedo. Certamente, ficará com gostinho de quero mais, muito mais. Para conhecer tudo e ainda repetir várias vezes o que mais gostou, o mínimo deve ser dez dias.  


É difícil achar alguma coisa feia ou sem graça neste santuário. Se da Terra só se vê beleza, o que dizer das cores e vidas encontradas no fundo do mar. Um outro universo a ser descoberto e desbravado, através dos mergulhos de garrafa ou simplesmente com snorkel por cima dos corais. Interagir com peixes, nadar ao lado das tartarugas, brincar, no fim da tarde, de alimentar os atobás e fragatas famintas são as experiências, únicas e inesquecíveis, que os visitantes levam desse mágico lugar.

 No mar de fora , as correntes e rochas tornam o banho mais perigoso. Mas também existem lugares incríveis como a Praia do Atalaia, Baía do Sueste e Praia do Leão para desfrute dos banhistas. 

Errou quem pensa que em Noronha só tem praias. O arquipélago encantado também já fez História. Foi a primeira capitania hereditária do Brasil, doada por D. Manuel I a Fernão de Loronha, de onde vem o nome da ilha. Sofreu invasões de ingleses, franceses e holandeses até voltar definitivamente à  Coroa Portuguesa em 1737, ficando dependente da capitania de Pernambuco. Como proteção às novas investidas estrangeiras, foram construídos os fortes da Ilha. 

Fernando de Noronha foi ainda colônia penal e, no regime militar, já serviu de isolamento de presos políticos, como Miguel Arraes, ex-governador do estado de Pernambuco. Em 1942, tornou-se território federal e, pela Constituição de 1988, foi transformado em distrito estadual de Pernambuco. No mesmo ano, foi criado o parque Nacional Marinho. Em 2001, o santuário foi classificado como Patrimônio Mundial da Humanidade. Um caminho de sucesso conquistado com mérito, por tanta beleza e preservação do meio ambiente. Considero esse um destino nota 10!    

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